**Bolívia**
Na Bolívia, Uribe recebeu um bem claro não à sua proposta. O Presidente Evo Morales rejeitou a instalação de bases militares norte-americanas não só na Colômbia, mas em qualquer país da América Latina. “Permitir bases militares na América Latina é uma agressão aos governos e democracias da América Latina. Vamos defender a soberania da América Latina”, disse Morales depois do encontro com Uribe.

Segundo o ministro de governo, Alfredo Rada, numa declaração pouco antes de Morales receber Uribe, o governo boliviano “está convencido de que o argumento da luta contra o narcotráfico converteu-se numa desculpa para permitir a ingerência de poderes estrangeiros nos nossos países”. Por isso, concluiu o ministro, “nossos países se veem obrigados a gerar mecanismos para negar este tipo de concessões”. Sem graça, Uribe cumprimentou “o povo irmão boliviano” e agradeceu a recepção do seu anfitrião.

**Brasil**
Nesta quinta feira Uribe estará no Brasil e vai receber um apelo do presidente Lula para que desista do acordo. Em seguida viaja para Buenos Aires, e ainda espera ser recebido no Chile, Paraguai e Uruguai. Mudo, não tem feito declarações, Uribe espera através do diálogo quebrar parte do discurso agressivo do presidente Chávez, da Venezuela, na próxima reunião da Unasul, dia 10 de agosto.

**Peru**
Em sua primeira parada, em Lima, Álvaro Uribe se encontrou com seu homólogo peruano, Alan García. Uribe não fez nenhuma declaração à imprensa, mas um funcionário peruano adiantou que a viagem de Uribe visa desarticular uma campanha contra a decisão colombiana no seio da Unasul (União de Nações Sul-americanas). Segundo esse funcionário, a cúpula da Unasul quer colocar o presidente colombiano no banco dos réus.

A versão oficial de Bogotá é que “a base militar colombiana só dará facilidades para os deslocamentos estadunidenses”. Washington usaria as bases só para “dar apoio logístico e brindar tecnologia de ponta”, concluiu o funcionário, defendendo o apoio peruano à Colômbia.

O presidente Alan Garcia foi muito claro quando disse que “Uribe teve a sensibilidade para se dar conta de que o clima na região não está bom”, mas ressaltou acreditar que “a história reconhecerá, em breve, o quanto foi feito em favor não apenas da Colômbia, mas do modelo democrático do nosso continente graças à força mostrada pelo presidente Uribe e seu governo”.