O estúdio DreamWorks, de Steven Spielberg, adquiriu os direitos para levar aos cinemas a vida de Martin Luther King, ícone da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. O projeto é um sonho antigo de Spielberg e seu sócio Stacey Snider, que tentaram durante vários anos obter as permissões legais para realizar o filme.
Os cineastas estão empolgados com a nova produção: “Estamos honrados de ter a oportunidade de contar este momento histórico. Temos esperança de que o poder criativo do cinema e o impacto da vida do doutor King possam ser combinados para apresentar uma história de poder inegável da qual possamos nos orgulhar”, comentou Spielberg. O diretor é mundialmente conhecido por obras como E.T., A lista de Schindler, Indiana Jones, Tubarão e outros sucessos.
O filme da DreamWorks será o primeiro a ter autorização da família para usar integralmente o trabalho de King, incluindo o famoso discurso “I have a dream”, que aconteceu em 1963, em Washington.
Martin Luther King foi assassinado em 1968, em Memphis, quando tinha 39 anos, e foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para acabar com a segregação racial e a discriminação nos Estados Unidos.
**Luta pelos direitos civis**
Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta, Geórgia, em 15 de janeiro de 1929. Ele foi pastor protestante e ativista político. Membro da Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, por meio de uma campanha de não violência. Ele organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte desses direitos foi, mais tarde, agregada à lei estadunidense com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965). Martin tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu tenho um sonho”.