No último dia 4 de maio foi realizada sessão solene em homenagem ao aniversário de 40 anos do Movimento Humanista e à 1.ª Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência. A sessão ocorreu na Câmara dos Vereadores de Olinda, estado de Pernambuco, e contou com a participação de 80 pessoas. Na solenidade, compunham a mesa os representantes de instituições que aderiram à Marcha Mundial, como o vereador Marcelo Santa Cruz, a organizadora da tradicional Sambada do Coco, Beth de Oxum, José Alberto e Maria José, representando a Escola Sigismundo Gonçalves e a ativista humanista Luciana Melo do Nusp – Núcleo Saúde e Desenvolvimento. Também esteve presente Manoel Sátio, representando o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros.
Segundo a porta-voz da Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência no Recife, Cristiane Prudenciano, a sessão destacou “a importância da construção de uma sociedade embasada no amor ao ser humano e no repúdio às armas, à violência transmitida pela mídia, além de refletir sobre como repudiar a violência interna”.
Dentre os temas abordados, destacou-se a violência em todas as suas formas, em especial a intolerância religiosa, bem como a definição de não violência ativa como forma de atuação transformadora. Também foram recitadas obras de Edson, poeta ativista pela Marcha Mundial e representante do Grupo Pensadores da Alegria, que abordavam a cidade de Olinda e o 2 de outubro de 2009, data em que se iniciará a Marcha Mundial no estado.
Foi apresentado um histórico do Movimento Humanista, surgido na Argentina em meados da década de 1960 em meio à ditadura militar, com as chamadas: “Tratar aos demais como gostaríamos de ser tratados” e “O ser humano como valor central”. Sua data de aniversário é celebrada com base na primeira palestra pública proferida por Mario Luiz Rodrigues Cobos, o Silo, idealizador da filosofia do Novo Humanismo à qual o Movimento se integra, em 4 de maio de 1969. A palestra foi realizada no povoado de Punta de Vacas por causa do impedimento das forças militares de que se falasse sobre o tema em lugares centrais do país. Ela então foi publicada em mais de 40 idiomas sob o título de “A cura do sofrimento” e deu origem ao movimento que hoje está em mais de 100 países. Entre as ações de seus membros, ativistas voluntários, estão frentes de ação no campo cultural, educacional, de saúde e político, baseadas na concepção de uma revolução não violenta partindo da transformação pessoal e social simultâneas.
A sessão foi concluída com a proposta de realização de uma nova sessão com os prefeitos de Olinda e de Recife para que eles também adiram à Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência.
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