Oriente Médio

Os Estados Unidos planejam começar a retirar na segunda-feira milhares de seus cidadãos que estão no Egito, por meio de aviões contratados pelo governo, que terão como destino locais seguros na Europa. A recomendação é que seus cidadãos evitem viagens a esse país, depois de uma revolta popular que já contabiliza 125 mortos.

O chefe de Estado Maior do exército egípcio, general Sami Anan, regressou hoje a seu país depois de interromper uma visita a Estados Unidos.
O alto oficial retornou no meio de manifestações que estremecem amplas zonas do Egito, com demandas de renúncia do presidente Hosni Mubarak.
Os protestos retomaram-se neste sábado, apesar do anúncio da formação de um novo Governo.

O presidente norte americano, Barack Obama, convocou nesta sexta-feira o líder egípcio Hosni Mubarak a dar passos concretos em direção a reformas políticas, e pediu que a violência de qualquer forma não seja utilizada contra os manifestantes pacíficos, ressaltando que o povo do Egito tem direitos que são direitos universais.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse em Teerã, que o Irã tem que garantir à comunidade internacional que seu programa nuclear não tem objetivos militares. Após encontro com o chanceler iraniano Manouchehr Mottaki, Amorim também fez um apelo para que o governo iraniano e as potências mundiais mostrem “flexibilidade” para chegar a um acordo.

O presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva pediu que o Oriente Médio siga o exemplo da América Latina e caminhe para a abolição das armas atômicas em sua visita a Israel, ontem 15 de março. “Brasil é orgulhoso de não haver armas nucleares na América Latina. Queremos que isto seja um exemplo para outras partes do mundo”, disse Lula em discurso no parlamento israelense.

O paradeiro do jornalista iraniano Mazdak ainda é desconhecido desde o seu desaparecimento ocorrido em 8 de novembro, após ser detido e levado de sua casa pelas forças de segurança. As autoridades não explicam as razões de sua detenção e a família está preocupada com a integridade dele. O jornalista estava colaborando com a Marcha Mundial pela Paz e Não Violência no Irã.

Mazdak Ali Nazari, jornalista e editor do site Khabar Negarán-Solh (Repórteres pela Paz), foi detido em sua residência no Irã. Até o momento se desconhece seu paradeiro e as razões de sua detenção. Antes de sua prisão, Nazari teria planejado participar do trajeto da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência em seu país.

O presidente israelense, Shimon Peres, discutiu no Egito, neste domingo, maneiras de restabelecer o processo de paz no Oriente Médio, depois do presidente egípcio, Hosni Murabak, ter acusado Israel de criar obstáculos para o assentamentos palestinos e dessa maneira dificultando a harmonia política entre os dois países.

Diversas associações palestinas protestavam contra a realização um evento da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência no vilarejo de Wallaje, ao qual também estariam presentes representantes israelenses. Porém, diante da mediação da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu, os palestinos abriram diálogo para a delegação da Marcha, reconhecendo a importância da iniciativa.

Em 19 de outubro, depois de um encontro com algumas personalidades desta cidade do sudeste da Anatólia, os marchantes pela paz participaram de um festival e, diante de mais de 4.000 pessoas, expressaram sua mensagem de não-violência em um momento que parece trazer uma possibilidade de paz entre turcos e curdos dessa parte da Turquia.