Asia

Pequim – Minha agenda está cheia. Por volta de duas da tarde, vou a uma rua e vejo se um chinês se atreve a pôr uma flor no MacDonald’s.
Enquanto isso, tenho que estar atenta para não ficar parada e não posso tentar falar com ninguém sem pedir primeiro uma autorização por escrito para fazer meu trabalho – isso tem que ser pedido com 3 dias de antecedência, por fax, ao governo

Japão, o único país a ser alvo de bombas atômicas, e os Estado Unidos, a única nação a lançá-las, comprometeram-se firmemente a trabalhar por um mundo livre de armas nucleares, quando o presidente Barack Obama visitou o país do Sol Nascente durante sua primeira viagem à Ásia. Ambos os governos reafirmaram sua “determinação para conseguir um mundo livre de armas nucleares”.

No terceiro e último dia no Japão, a equipe base da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência reivindicou que o governo japonês exija a retirada das bases americanas de seu território, segundo reivindicações de organizações pacifistas e cidadãos japoneses. O encaminhamento da proposta realizado junto ao Ministério das Relações Exteriores foi considerado “inédito”.

As velas foram acesas de forma a soletrar o clamor da população mundial a favor da demanda “Nuclear Free Now!” O ato fez parte de um evento chamado No Nukes 2020 organizado pela Fundação de Cultura da Paz de Hiroshima, uma organização criada em abril de 1998 pela cidade de Hiroshima com os objetivos de promover a paz e a cooperação internacional.

Entre os manifestantes estavam grupos de mulheres, organizações contra a permanência das bases americanas, movimentos esquerdistas, entidades contra a energia nuclear e grupos pacifistas que defendem o artigo 9 da constituição japonesa. Também marcaram presença os representantes da Marcha Mundial pela a Paz e a Não violência.

Os marchantes pela paz não vieram em vão à Coréia do Sul. A visita que fizeram ao país conhecido como “o país da manhã tranqüila”, tornou possível que pela primeira vez se congregassem estrangeiros ao longo da zona fronteiriça entre os dois Estados, chamada de “zona desmilitarizada”, um dos lugares mais militarizados do mundo.

A Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência chegou a um ponto culminante na manhã do último dia 7 de outubro. Os membros da Equipe Base foram convidados a presenciar, de um lugar alto, o maior símbolo humano da paz já formado, realizado com perfeição por milhares de alunos das escolas da cidade do Lucena, no sul das Filipinas.

Em um reconhecimento tardio, porém importante, o governo da Coréia do Norte designou representantes para participar do funeral de Kim Dae-Jung, que foi o primeiro presidente sul-coreano a buscar o apaziguamento com a Coréia do Norte, lugar que visitou em 2000 e foi palco de seu encontro histórico com o líder Kim Jong-il.

Em pleno aeroporto internacional de Nagoya, na fila do check in para tomar o vôo de volta a São Paulo, ouço um ruído estranho. Miau, miau… Havia um gato ali perto. Procurei de onde vinha o barulho do felino e não achei. Vinha de perto de um casal que falava português. Estava com muitas malas. Os passageiros que vinham logo atrás também estavam cheio de bagagens.

Na plataforma da estação de metrô de Shinjuku, uma das mais movimentadas de Tokyo, a multidão se move de forma acelerada. Até a voz do auto-falante que anuncia a chegada e partida de trens é mais rápida que o normal. Saindo da estação, os estímulos dos luminosos são alucinantes, os espaços ficam limitados e os esbarrões, inevitáveis.